Escrita Intergaláctica 28 de fevereiro-08 de março de 2018.
Escrita Intergaláctica 28 de fevereiro de 2018. 12h12min.
Primeira prática coletiva do ano!
Tomo o tempo da
sintonia, ele não chega automaticamente. Testo as canetas, as linha, as letras,
o papel...respiro, silencio, espero a demora instalar-se. Chamo a conexão das mulheres além-mar, o chão da praça me co-move.
É uma prática de insistência essa de desacelerar, parar de cumprir as obrigações corriqueiras e
sintonizar. Minha caneta insiste em escapar do papel, e é como se eu estivesse
na economia das palavras... Me proponho a desentupir a torneira e deixar
escoar... gastar... as palavras não se esgotam, elas se renovam quanto mais são ditas ou
escritas. É como na dança... do esgotamento renasce mais dança, outra... não é
como a água ou o petróleo...
Sinto o
pensamento fora do corpo, sofro de ataque de futuro, a sintonia com o presente
está fora de forma... Penso que essa é uma habilidade que toda aula de dança
deveria trabalhar, a despeito da coreografia... (a escrita coreográfica é um
registro (passado-arquivo) para que as danças possam ser repetidas no futuro)
Penso –tudo ao mesmo tempo- que é urgente pensar a coreografia sob o paradigma
do presente.
De repente tudo
torna-se coreográfico nos meus olhos: o grupo de trabalhadores que atravessa a
rua juntos, o outro de turistas que pára em círculo para conversar, aqueles que
se organizam como um quadro para um registro fotográfico, a que dorme, os que
comem, aquele que me olha de volta quando o observo.
Percebo que faz toda diferença
escrever (uma tese) na deriva de uma cidade ou dentro de quatro paredes de um
escritório. Entendo, no corpo, a necessidade de levar minha escrita novamente
para a rua... tecê-la na rua, encontrar sua pulsação, sua rítmica, sua
saturação, sua gasometria na cidade. Localizar cada pensamento em sua geografia
insurgente. Conecto com a Tamara, com a Laura, a Mariana, a Sofia...
Não faz sentido nenhum pensar o DIREITO À CIDADE de dentro de um escritório. Aliás, em tempo de intervenção militar e de violências extremas banalizadas por toda a cidade, (evidentemente que nas favelas essa violência sempre será mais violenta, mais banalizada e menos visível) o único modo de pensar esse direito é nas ruas.
Não faz sentido nenhum pensar o DIREITO À CIDADE de dentro de um escritório. Aliás, em tempo de intervenção militar e de violências extremas banalizadas por toda a cidade, (evidentemente que nas favelas essa violência sempre será mais violenta, mais banalizada e menos visível) o único modo de pensar esse direito é nas ruas.
Termino essa cartografia dia 8 de março, às 12h12min. Dedico essas linhas às mulheres que, antes de mim, lutaram para que hoje eu possa escrever essas palavras e ter meu direito de fala garantido.
Lidia Larangeira
Lidia Larangeira
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