22 de fevereiro
A leitura da carta na Nina abre na gente essa dimensão da documentação encarnada. Uma relação íntima com o documento, com as histórias pessoais erupcionando de um subterrâneo quente da história oficial. Uma certa política de inventário que nos interessa chafurdar…
Documentação. Por quê? Para que? Para quem?
Nos parece urgente pensar essa economia do arquivo, e mais do que isso, nos parece urgente criar modos encarnados, íntimos e coerentes de documentar nossas ações?
Talvez a questão passe pela possibilidade de partilhar as experiências com o coletivo.
Sendo a a performance destinada a desaparecer, como reiterar a experiência de seu acontecimento?
Taylor propõe que as performances fazem aparecer outras histórias. Abrem espaço para uma nova política da história. Nos parece que problematizar a documentação seja algo urgente.
Saímos para caminhar. Olhar as ruas ruas, parar, reparar, se escovar, se cuidar. Paramos em um ponto, molhado, sujo.
Fomos para outro lugar. Rua do Escorrega.
Passamos pelos meninos do tráfico. Encontro no não encontro. Subimos, descemos, paramos numa sombra-calçada muito perto da boca para ali ficar.
R$ 2,00 no chão. a Bruna encontra, não é meu.
É dele? - Agora é seu.
Diálogo faísca entre nós e eles. Toca.
Nossa ocupação do espaço trata do estar... jogar conversa fora e praticar o encontro possível... o que é o carnaval, a cidade para cada uma. Essa experiência de deriva e abertura de outros tempos no nosso ser-estar vai nos aproximando de uma língua comum.
A proposta da Thaís de levar a cama de madeira tamanho viúva da vó dela pra rua fica convocando minha imaginação. A Thaís não vir hoje impossibilita a cama acontecer. Exercitamos estar com o que ali está.
De repente a Thaís aparece. Subimos para almoçar para nosso almoço coletivo.... Conhecemos A cama!
Almoçamos e voltamos ao trabalho.
Conversamos com Brígida Campbell em “Arte para uma cidade sensível”. Tá aí… http://www.brigidacampbell.art.br/ARTE-PARA-UMA-CIDADE-SENSIVEL
Almoçamos e voltamos ao trabalho.
Conversamos com Brígida Campbell em “Arte para uma cidade sensível”. Tá aí… http://www.brigidacampbell.art.br/ARTE-PARA-UMA-CIDADE-SENSIVEL
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